quinta-feira, 11 de novembro de 2021
Gosto se discute?
Cosplay
Apotegma #9
terça-feira, 26 de outubro de 2021
Produto de exportação
domingo, 24 de outubro de 2021
Lollapalooza de velha
México lindo!
Apotegma #8
sexta-feira, 22 de outubro de 2021
Homo brasiliensis
Eu antes me espantava, mas hoje apenas lamento que tantas pessoas, inclusive com curso superior, estejam perdendo a capacidade de identificar metáforas, alegorias e outras figuras de linguagem e interpretem tudo ao pé da letra, ou seja, literalmente.
Já não se podem dizer coisas como “matando cachorro a grito”, “subindo pelas paredes”, “de vento em popa”, “fulano com fome vira bicho”, que logo alguém critica a violência contra os caninos, avisa do perigo de escalar muros, aponta a Era das Navegações como uma desgraça da humanidade, diz que é preconceito contra os animais etc.
Se alguém, para destacar as idiossincrasias do povo brasileiro, refere-se a ele como “Homo brasiliensis”, não demora muito vem um especialista acadêmico, com grau no dedo e doutorado na parede, a dizer que “assim não pode, assim não dá, assim não é possível, pois os brasileiros não são um grupo com característicos que o constituam uma espécie a parte da humanidade”…
Jura?
No ritmo em que vamos, arribaremos sem muito tardar ao fim do mundo… ou da metáfora!
Santarém (PA), 21/10/2021.
Prêmio merecido
Algumas pessoas têm tamanha autoestima e se acham tão competentes naquilo que fazem, que acham natural e de direito criticar um prêmio por não terem sido indicadas a ele. Não coram nem ficam constrangidas! 😱 Haja troféus para tanta gente que se acha merecedora deles!
Parece que isso virou moda, portanto não estarei fora do senso comum se criticar o Nobel de Literatura por ainda não me ter premiado. O que estão esperando?
Aliás, também não aceito não ter sido ainda eleito para a Academia Brasileira de Letras. Garanto que não faria feio ao colaborar com Evanildo Bechara no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.
Fico aguardando o telegrama. 😉 E não se esqueçam da minha Caloi… digo, daquela parte chamada pecúnia!
terça-feira, 5 de outubro de 2021
Revisão Final
No Dia do Juízo Final, Armagedom, Ragnarok — ou seja lá que nome se lhe dê — as armas serão as letras do alfabeto, e dar-se-á a contenda entre aqueles que usam indiscriminadamente as iniciais maiúsculas e os que não as usam de jeito nenhum.
Os revisores de textos assistirão ao evento em camarote, comendo pipocas ou canapés e sorvendo uma geladinha. Conforme a língua em questão, cachaça, vodca, gim, uísque, bagaceira e outros espiritos casarão bem com a ocasião.
(Felizes os revisores árabes e judeus, que não têm esse problema...)
Ao fim e ao cabo, seja qual for o resultado... revisaremos tudo!
Qual é a mais...?
Eu era o único ali à porta da escola. Após algum tempo, chegaram duas garotas, mais ou menos da minha idade, que eu conhecia de vista, pois estudavam ali também no mesmo turno. Não me lembro dos nomes delas, mas tínhamos colegas em comum. Eram bonitas, atraentes, como várias outras da escola e da vizinhança.
Elas se sentaram num banco do outro lado da avenida. Olhavam para mim e conversavam, riam. A piada parecia ser boa…
Uma delas se levantou e atravessou a avenida. Veio até mim.
— Oi! Você é o Júlio, né?
(Sabia meu nome! Inacreditável…)
— Sim, meu nome é Júlio — respondi meio surpreso e quase gaguejando.
— Então, Júlio, minha amiga e eu estávamos conversando e estamos com uma dúvida. Será que você pode nos ajudar?
— Sim, claro. Qual é a dúvida?
— A pergunta é a seguinte: De nós duas, qual você acha que é a mais bonita?
Fiquei pasmado. Boquiaberto. Instintivamente, olhei para ela e depois para a amiga. E olhei de novo para uma e para a outra. E de novo. Não sabia o que dizer. Fiquei sem voz.
Ela estourou em riso. E disse:
— Sabe, entre nós duas, nós achamos que o mais ridículo é você!
E saiu gargalhando para se juntar à colega, que, no outro lado da avenida, ria muito também.
sábado, 25 de setembro de 2021
Qual é a mais...?
quinta-feira, 16 de setembro de 2021
Velhas Árvores [Olavo Bilac]
Fonte: Internet.
VELHAS ÁRVORES
Olavo Bilac (1865-1918)
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas…
O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
In: BILAC, Olavo. Poesias. São Paulo: Círculo do Livro, [S.d.]. p. 210.
quinta-feira, 26 de agosto de 2021
Filho sem pai
segunda-feira, 9 de agosto de 2021
Sufixo -ISMO: formador de nomes de doenças?
O sufixo -ISMO não indica doença; quem afirma isso não sabe do que está falando.
Se você não gosta de uma palavra terminada em -ISMO, você tem toda a liberdade de não a usar, é seu direito; sempre há uma alternativa a ela, um sinônimo. (Eu mesmo não gosto de uma ou outra, que não uso.)
Mas não diga que é por causa do sufixo, pois isso não tem fundamento. Dizer que -ISMO é, precipuamente, um sufixo formador de nomes de doenças é mais um exemplo de terraplanismo linguístico.
Aliás, as palavras com -ISMO que indicam doenças, males, condições genéticas etc. são poucas: bruxismo, astigmatismo, quimerismo, albinismo, raquitismo, reumatismo, por exemplo. Um médico poderá acrescentar mais uma ou outra, inclusive nomes de procedimentos médicos, como cateterismo. Mas, em sua esmagadora maioria, as palavras formadas com -ISMO não são nomes de doenças: são geralmente nomes de religiões, escolas de pensamento, sistemas filosóficos, ideias políticas, posicionamentos ideológicos, comportamentos restritos a um determinado grupo de pessoas...
Seja como for, em se tratando da linguagem, tudo é possível: há quem ache que cristianismo, capitalismo, comunismo, catecismo, budismo, islamismo, feminismo, progressismo, nudismo, anglicismo, germanismo, chinismo, caipirismo, cervejismo, churrasquismo, atletismo, corintianismo e outros ismos também são doenças... 😱
ADENDO: Fiz um teste com um dicionário de rimas on-line (usei o https://www.rhymit.com/pt/), um recurso muito útil. Digitei "catolicismo" e o programa forneceu uma lista enorme de substantivos agrupados pelo número de sílabas.
Mesmo considerando termos como "autismo", "tabagismo", "vaginismo" etc., o percentual de termos da medicina é baixo.
Confira: https://www.rhymit.com/pt/palavras-que-rimam-com-Catolicismo
quinta-feira, 5 de agosto de 2021
Acupuntura
terça-feira, 3 de agosto de 2021
Alienígenas do Passado
domingo, 1 de agosto de 2021
(Contra)factuais
— Como seria bom ter uma máquina do tempo!
— Para visitar o passado ou o futuro?
— O passado. Eu alteraria a história. Por exemplo, impediria que os pais de Cristóvão Colombo se conhecessem; assim, ele não nasceria, jamais chegaria à América e tudo seria diferente. Talvez os astecas navegassem para o oriente, descobrissem a Europa e a colonizassem. Sim, tudo seria diferente…
— Pois é… Mas e se a realidade que vivemos é que tiver sido alterada?
— Como assim?
— Simples: e se um dos últimos europeus sobreviventes da colonização da Europa pelos ameríndios, um búlgaro ou estoniano, por exemplo, tiver voltado no tempo para alterar a história, criando o mundo em que vivemos hoje?
Molho campeão
Num programa de concurso culinário na TV, uma participante é inquirida por um dos jurados: "Que prato você fez?"
Ela: "Blá blá blá etc. e tal e um molho de CHAMPION..."
Acho que ela quis dizer CHAMPIGNON.
A língua francesa já não tem o prestígio de outros tempos. (Ouvi certa vez uma aluna de Letras referir-se ao francês como "língua de veado". Não me lembro de ter captado ironia ou jocosidade em sua voz - mas já faz tempo e a memória me vai falhando...)
Não creio que todo esse povo que quer ser chef de cuisine deseje ou tenha tempo de aprender francês; é possível que os que estudam gastronomia no exterior tenham aulas em inglês... talvez mesmo na França.
Mas penso que quem quer ser chef deve pelo menos pronunciar (e grafar) os termos "técnicos" conforme o original francês. É o recomendável, aliás.
Se ela tivesse usado o vernaculíssimo termo COGUMELO, essa gafe não teria ocorrido.
Ou, por outra: "Se o Pica-Pau tivesse comunicado a Polícia..."
Por tabela
Lugar de canto
terça-feira, 29 de junho de 2021
Lição vulcana
sexta-feira, 25 de junho de 2021
Rupia ou rúpia?
terça-feira, 22 de junho de 2021
A personagem de ficção
sexta-feira, 4 de junho de 2021
quinta-feira, 27 de maio de 2021
Apotegma #5
terça-feira, 25 de maio de 2021
Capitalismo antifeminista
Apotegma #4
Apotegma #3
domingo, 23 de maio de 2021
Apotegma #2
Circum-navegação
sábado, 22 de maio de 2021
Eixo do Mal
Apotegma #1
segunda-feira, 5 de abril de 2021
Imperativo terraplanista
Qualquer gramática ensina (e a escola também) que o modo verbal IMPERATIVO expressa não apenas ordem, mas também pedido, desejo, súplica, conselho, convite, sugestão, recomendação, solicitação, orientação, alerta ou aviso, em construção afirmativa ou negativa. O sentido de uma forma verbal — como o de qualquer palavra de qualquer língua — sempre depende do contexto em que se insere. Não há língua sem fala, e não há fala sem contexto.
Mas vivemos em tempos confusos, e agora as redes sociais exigem que tomemos cuidado ao usar uma forma verbal imperativa — seja qual for o contexto! —, pois já há quem reclame quando alguém usa um verbo no imperativo, alegando que não gosta de topar com "ordens"...
Pois é: essas pessoas acham que formas do imperativo expressam apenas e sempre ORDEM!
Eis mais um exemplo do terraplanismo linguístico que se alastra cada vez mais veloz.
sábado, 6 de fevereiro de 2021
Lágrimas
segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
Traços de quê?!
E, ao escolher qualquer um dos outros sabores, a gente lê a etiqueta e encontra o aviso:
“Alérgicos: pode conter traços de cocô.
Santarém (PA), 10 de janeiro de 2021.
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sábado, 2 de janeiro de 2021
Muçarela, muzarela, mozarela
Esta é a primeira vez que compro MUÇARELA e vejo o nome desse queijo corretamente escrito na embalagem: com Ç!
Inacreditável!
Não hesitei em registrar para a posteridade tal fato histórico; só não entendi esse “À la Falcão”, que deve ser o nome da marca.
Mas a marca não importa, desde que a MUÇARELA seja de boa qualidade e o nome esteja grafado conforme as normas ortográficas: com cê cedilhado (Ç).
P.S.: Existem também as formas MOZARELA e MUZARELA, mas a pronúncia delas é evidentemente distinta.
Santarém (PA), 1° de janeiro de 2021.