quinta-feira, 26 de agosto de 2021
Filho sem pai
segunda-feira, 9 de agosto de 2021
Sufixo -ISMO: formador de nomes de doenças?
O sufixo -ISMO não indica doença; quem afirma isso não sabe do que está falando.
Se você não gosta de uma palavra terminada em -ISMO, você tem toda a liberdade de não a usar, é seu direito; sempre há uma alternativa a ela, um sinônimo. (Eu mesmo não gosto de uma ou outra, que não uso.)
Mas não diga que é por causa do sufixo, pois isso não tem fundamento. Dizer que -ISMO é, precipuamente, um sufixo formador de nomes de doenças é mais um exemplo de terraplanismo linguístico.
Aliás, as palavras com -ISMO que indicam doenças, males, condições genéticas etc. são poucas: bruxismo, astigmatismo, quimerismo, albinismo, raquitismo, reumatismo, por exemplo. Um médico poderá acrescentar mais uma ou outra, inclusive nomes de procedimentos médicos, como cateterismo. Mas, em sua esmagadora maioria, as palavras formadas com -ISMO não são nomes de doenças: são geralmente nomes de religiões, escolas de pensamento, sistemas filosóficos, ideias políticas, posicionamentos ideológicos, comportamentos restritos a um determinado grupo de pessoas...
Seja como for, em se tratando da linguagem, tudo é possível: há quem ache que cristianismo, capitalismo, comunismo, catecismo, budismo, islamismo, feminismo, progressismo, nudismo, anglicismo, germanismo, chinismo, caipirismo, cervejismo, churrasquismo, atletismo, corintianismo e outros ismos também são doenças... 😱
ADENDO: Fiz um teste com um dicionário de rimas on-line (usei o https://www.rhymit.com/pt/), um recurso muito útil. Digitei "catolicismo" e o programa forneceu uma lista enorme de substantivos agrupados pelo número de sílabas.
Mesmo considerando termos como "autismo", "tabagismo", "vaginismo" etc., o percentual de termos da medicina é baixo.
Confira: https://www.rhymit.com/pt/palavras-que-rimam-com-Catolicismo
quinta-feira, 5 de agosto de 2021
Acupuntura
terça-feira, 3 de agosto de 2021
Alienígenas do Passado
domingo, 1 de agosto de 2021
(Contra)factuais
— Como seria bom ter uma máquina do tempo!
— Para visitar o passado ou o futuro?
— O passado. Eu alteraria a história. Por exemplo, impediria que os pais de Cristóvão Colombo se conhecessem; assim, ele não nasceria, jamais chegaria à América e tudo seria diferente. Talvez os astecas navegassem para o oriente, descobrissem a Europa e a colonizassem. Sim, tudo seria diferente…
— Pois é… Mas e se a realidade que vivemos é que tiver sido alterada?
— Como assim?
— Simples: e se um dos últimos europeus sobreviventes da colonização da Europa pelos ameríndios, um búlgaro ou estoniano, por exemplo, tiver voltado no tempo para alterar a história, criando o mundo em que vivemos hoje?
Molho campeão
Num programa de concurso culinário na TV, uma participante é inquirida por um dos jurados: "Que prato você fez?"
Ela: "Blá blá blá etc. e tal e um molho de CHAMPION..."
Acho que ela quis dizer CHAMPIGNON.
A língua francesa já não tem o prestígio de outros tempos. (Ouvi certa vez uma aluna de Letras referir-se ao francês como "língua de veado". Não me lembro de ter captado ironia ou jocosidade em sua voz - mas já faz tempo e a memória me vai falhando...)
Não creio que todo esse povo que quer ser chef de cuisine deseje ou tenha tempo de aprender francês; é possível que os que estudam gastronomia no exterior tenham aulas em inglês... talvez mesmo na França.
Mas penso que quem quer ser chef deve pelo menos pronunciar (e grafar) os termos "técnicos" conforme o original francês. É o recomendável, aliás.
Se ela tivesse usado o vernaculíssimo termo COGUMELO, essa gafe não teria ocorrido.
Ou, por outra: "Se o Pica-Pau tivesse comunicado a Polícia..."