quarta-feira, 15 de julho de 2020

Tirando o atraso na quarentena

Mas não é o que vocês estão pensando! 😉
Um dos meus vizinhos é muito chegado a fazer churrascadas, e ele as faz todos os fins de semana. A coisa começa na sexta-feira à tarde e vai até domingo à noite -- com as necessárias pausas para uma soneca, pois ninguém é de ferro.
Não tenho nada com isso. Problema dele.
O meu problema está na trilha sonora dos churrascos dele: a música é horrível! 🥴 E em alto volume! E quase sempre as mesmas coisas. Parece que gravaram uma coletânea num "pen drive" e ouvem as mesmas gravações, sem nem mudar a sequência. Uma pior do que a outra: letras horríveis, música enervante, cantantes a desafinar…
Chego a fechar as portas e janelas para impedir que o som invada minha casa. Saio ao quintal apenas para coisas necessárias.
Mas no último fim de semana ele tocou uma coisa nova: a música ou canção era diferente, eu nunca tinha ouvido. Fiquei prestando atenção e tentando lembrar se já a conhecia.
Perguntei a minha filha se ela conhecia aquilo. Conhecia. 👍
E então eu tirei um atraso de mais de três anos e finalmente conheci o… DES-PA-CI-TO…

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Não falareis em português!

Pois é... Criticaram quem, falando inglês macarrônico, convidou gringos a visitar o Brasil; alguns disseram que ele deveria falar em português mesmo, com legenda.

Concordo. Também acho. Eu faria o mesmo.

Mas por que a pessoa se arriscou a tamanho vexame? Por que não falou em português? O pronunciamento tornou-se viral...

Há quem defenda que brasileiro deve falar em inglês ou outra língua de prestígio (o que significa que o português prestígio não tem...). A Folha de S. Paulo pensa isso.

Em 2001, quando Fernando Henrique Cardoso esteve na Coreia do Sul, falou em inglês, enquanto os nacionais de lá falavam em coreano, com tradução simultânea para o português.

A "enviada especial" (quem? 🤔) da FSP à Coreia disse o seguinte sobre os coreanos que insistiam em ser coreanófonos:

"APESAR DE uma estratégia agressiva no mercado internacional e de apresentar um ALTO NÍVEL DE EDUCAÇÃO, os coreanos não abrem mão de sua língua." (grifos meus)

O "apesar de" da FSP diz tudo: se você tem alto nível de educação, evite sua língua. Fale inglês, chinês, alemão, francês, espanhol ou outra língua importante, mas não o português.

Como diz um faustônico histrião da TV, o português não é língua, é código secreto.

Já se você não teve a oportunidade de atingir alto nível educacional...

Eu, por exemplo, sou provinciano mesmo -- um tanto por destino, outro tanto por defeito e opção, pois já chutei o pau da barraca faz tempo -- e falo em português e esperanto, línguas "sem prestigio".

Mas não tenho vergonha nenhuma disso: ambas me bastam... 😉💚

Já a Folha... essa não falha!




sexta-feira, 26 de junho de 2020

Discurso progressista

As pessoas que se consideram progressistas, que são a favor da defesa dos direitos humanos, que acreditam ser possível atingirmos uma sociedade mais justa e menos desigual, mais inclusiva e diversa culturalmente, precisam urgentemente rever seus conceitos, repensar seus métodos ou, ao menos, ajustar seu discurso.

Explico-me.

Quando certas pessoas ouvem falar em união civil de pessoas do mesmo sexo — popularmente conhecida como “casamento gay” —, elas logo imaginam o padre ou pastor de sua igreja sendo obrigado, pela lei, a realizar o casamento de dois homens, um deles com enorme bigode, véu e grinalda, ou de duas mulheres de terno e gravata.

Nós sabemos que não se trata de nada disso, não é essa a união civil que se almeja, e o Estado não deve intrometer-se nos assuntos das religiões ainda que estas se intrometam indevidamente nas instituições republicanas. Mas muitas pessoas não compreendem que o ser humano merece o direito de constituir família fora do heterossexualismo, e ficam horrorizadas diante disso, e não pensam duas vezes antes de apoiar candidatos que prometam impedir propostas que consideram “contra as leis divinas ou naturais”.

Assim, é preciso esclarecer o que é a união civil de pessoas do mesmo sexo.

Da mesma forma, quando se condena a cultura do encarceramento, quando se protesta contra as prisões, quando se pedem penas alternativas ou mais humanas, o autodeclarado “cidadão de bem” logo pensa que se trata de extinguir a pena de prisão. O vulgo encara a justiça como uma espécie de vingança, resquício do tempo em que os condenados eram executados em público, com requintes de crueldade, como nos suplícios da roda, do esquartejamento a guilhotina, justiça (?!) seja feita, foi um avanço humanitário, quando comparada com os métodos de execução anteriores, pois matava instantaneamente…

Assim, sem cadeia ou prisão, sem penitenciária ou casa de detenção, sem presídio ou cárcere, sem xadrez ou xilindró, o cidadão comum, o povão fica apavorado diante da possibilidade de que se começará a delinquir e cometer crimes à vontade, sem nenhum tipo de punição… e sabemos quem se beneficia com os votos dos cidadãos revoltados com a “impunidade”.

Não se trata, portanto de deixar de punir os criminosos, mas de tornar mais humanos os procedimentos penais.

Por fim, quando certas pessoas ouvem manifestantes a pedir a extinção da polícia…

Sim, as pessoas que se consideram progressistas precisam urgentemente ajustar seu discurso.


Santarém, PA, 26 de  junho de 2020. (Leia e curta também no Wordpress.)

terça-feira, 16 de junho de 2020

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Não vi e não gostei

Não vi/li e não gostei (lista em construção; conforme for lembrando, irei adicionando):

1. Lost.
2. Game of Thrones.
3. Shows do “Rei”.
4. Breaking Bad.
5. The Walking Dead.
6. La Casa de Papel.
7. BBB 20, 19, 18…
8. 24 (horas).
9. Stranger Things.
10. Orange is the New Black.
11. 50 Tons de…
12. Rock(s) in Rio.
13. Lives de sertanejos(as).
14. Live do “Rei”.
15. Lives de quaisquer cantores(as).
16. Frozen 1, 2…
17. Matrix 1, 2, 3…
(continua…)

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Urubuqueçaba

Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/cultura/

Encontrei na Internet esta foto (um cartão postal) dos anos 1920, que mostra pescadores em frente à Ilha Urubuqueçaba, em Santos, SP.

O nome da ilha veio da língua tupi: URUBUKESABA "lugar onde dormem urubus" (KER "dormir" + SABA "lugar, instrumento, condição etc." = KESABA).

Santarém, PA, 15/5/2020. Leia e curta também no WordPress.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Não sei nada, nada sei


Dupla negação? Sim!
A estrutura do português é assim, e não há nada de errado nisso. O mais curioso é que todos os falantes de português falam e escrevem dessa forma (com dupla negação), instintivamente, mas alguns não se conformam com essa estrutura gramatical e acham que está errada. Conheci gente que queria ensinar outras pessoas a não usar duas formas negativas! 😂🤣😂
Mas… Quando o termo (pronome) negativo vem antes do verbo, não há negação dupla. Compare:
Nada vi – Não vi nada; Ninguém veio – Não veio ninguém; Só sei que nada sei – Só sei que não sei nada; Eles nada querem – Eles não querem nada etc.
O mais absurdo de tudo isso é que alguém precise vir a público explicar a usar corretamente algo que ninguém usa errado…

“Nem todos os cristão são evangélicos” [Ricardo Gondim]

“Nem todos os cristão são evangélicos” [artigo de Ricardo Gondim]