quarta-feira, 13 de abril de 2016

Limpas o teu, sujas o meu

Se eu acreditasse em azar, diria que sou muito azarado. Certas coisas já me ocorreram mais de uma vez, deixando-me aquela sensação de déjà vu.

Exemplifico.

Jamais coloquei lixo na frente de casas de vizinhos; para a coleta, cada um deve pôr o lixo na porta de sua casa. É algo tão obviamente próprio da civilitas, que nem consigo pensar em um proceder diferente disso.

Mas um vizinho meu colabora com a limpeza pública de modo peculiar: ele atravessa a rua e põe seus enormes sacos de lixo na frente do condomínio onde moro: quando os cães e urubus (e haja urubus em Santarém!) rasgam os sacos e espalham o lixo, a imundície toda fica na minha calçada, e a dele fica limpinha!

Um bom lema para um brasão de família: “Levando vantagem em tudo!”.

Alguns dirão que se trata de coisa de pouca monta, sem importância; afinal, temos problemas mais graves para resolver.

Não o nego.

Mas nossos problemas têm uma base comum cultural que precisa ser mudada.

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